Por PaTTi Cruz
Pedagoga Especial, Esp. Arteterapia,
Consultora de Desenvolvimento Humano e Criatividade,
Docente do Curso de Pós Graduação Lato Sensu de Arteterapia - Centrarte/RS, Dir. Theia Criativa – Espaço de Desenvolv. Humano e Terapias Expressivas, Contadora de Histórias
Por algum tempo e, talvez, ainda hoje escutemos que num mundo competitivo não podemos ser sentimentais ou sensíveis, pois é preciso estar sempre preparado para as demandas emergentes do mercado e do meio. Estar preparado é importante. Estar atendo a tudo que acontece a volta nos torna pessoas observadoras, críticas e capazes de conquistar espaço. Mas, a vida nos solicita mais do que isso. Ela nos pede algo que é tão simples e que está na essência humana: sensibilidade.
A sensibilidade não é um fenômeno é a abertura ao universo das emoções. A emoção é um elemento motivador para que vejamos a vida de uma forma mais contemplativa, onde haja espaço para desacelerar um pouco durante o percurso, para admirar a paisagem e dela extrair energia para prosseguir, sem perder a noção de onde estamos querendo chegar. Toda vez que escutamos e atendemos o “pedido” não nos tornamos menos competentes ou deixaremos de, por ventura, cumprir alguma tarefa e demanda do meio, estaremos sendo sim, mais autênticos, mais conectados com todas as extensões de vida e, principalmente, estaremos nutrindo nossa mente com a criatividade sensível de quem é capaz de ver tudo sob outra perspectiva.
Assim, cada dia renascemos para um novo movimento de vida, basta escolher fazê-lo e permitir que os detalhes se revelem diante de nós. Seremos com toda certeza, pessoas mais harmonizadas com o todo, mais elevadas pela capacidade do sentir, abertas ao afeto e as relações de convivência, com uma conexão criativa que nos desperta essencialmente para um caminho mais saudável. Sensibilidade e Criatividade: uma nova ecologia que pode nos trazer um equilíbrio singular.
Publicado no Jornal Alta Calibragem – setembro/2011
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