JOSEANE PANATO BACK

Expressar: uma necessidade humana

Arteterapia como recurso expressivo

Por Joseane Panato Back Arte-educadora e Artista Plástica, 
Especialista em Arteterapia, Consultora de Desenvolvimento Humano e Grupos com ênfase em Criatividade pela CENTRARTE/RS Atualmente cursando Psicologia pela ESADE/RS (Laureate International Universities) e 
Coordenadora do Núcleo de Educação da Theia Criativa.

Nascemos e já nos expressamos através do primeiro choro. Daí para adiante sabemos que para conseguir o que queremos precisamos nos manifestar de alguma forma. Conforme o tempo passa, o ser humano aprende que existem múltiplas maneiras de se expressar. Se este Ser receber atenção devida e equilibrada para seu desenvolvimento aprenderá meios de se defender ou mesmo de saber lidar com seus conflitos de maneira que lhe cause o menor desconforto possível. No entanto, se de alguma forma esse caminho de aprendizado lhe for negado poderá ter sérias dificuldades de se expressar, elaborar e de crescer como um ser humano de saúde psíquica equilibrada e, em casos mais sérios, tende a procurar meios como a utilização de drogas ilícitas no alívio de suas necessidades, pois, não é capaz de enfrentar de outra maneira, por que não aprendeu a controlar sua ansiedade, se organizar e buscar soluções criativas para resolver suas dificuldades.

Faz parte do trabalho de um arteterapeuta cuidar, construir e propiciar um espaço adequado onde o participante possa ter um lugar que estimule a expressão, a imaginação e todas as atividades que facilitam o processo de criação, acessando emoções e questões a serem trabalhadas se necessário assim for, para amenizar sofrimentos.

A arteterapia se utiliza de materiais expressivos do universo da arte facilitando meios de acessarmos caminhos adequados nessa constante busca do equilíbrio mental e corporal, através de trabalhos expressivos.

No processo arteterapêutico tendo um lugar acolhedor, reelabora-se conflitos, transformam-se questões de sofrimento e possibilita que o indivíduo busque compreensão de suas dificuldades, despertando sua sensibilidade para um fazer novo desenvolvendo-se criativamente.

Estudos comprovam que crianças que não possuem alfabetização emocional já nos primeiros anos de escola, apresentam maior dificuldade em prestar atenção ao que lhes é ensinada, levando ao baixo nível de aprendizado.

Nossa preocupação como arteterapeutas é tornar os dias das crianças, adolescentes e adultos em dias de alegria, satisfação e equilíbrio, com atividades para estimular a capacidade de trabalhar em grupo, o desenvolvimento humano e facilitar a expressão através das artes.

Texto publicado no Jornal Alta Calibragem ( Movimento Perfeito - mês de maio/2011)